resumo do filme furias de titãs

Que comece a guerra entre os titãs.

O jovem Perseu (Sam Worthington) chegou à idade adulta sem saber que era filho de um deus, Zeus (Liam Neeson), o mais poderoso do Olimpo. Quando ainda era um bebê, seu pai adotivo, um pescador, encontrou-o dentro de um caixão em alto-mar, no colo de sua mãe falecida.
Cansados da tirania dos deuses do Olimpo, que exigiam que os humanos os amassem, mas não ofereciam nada em troca, os soldados de Argos decidem derrubar a emblemática estátua de Zeus, mostrando sua revolta aos deuses.
Num ataque de fúria, Hades (Ralph Fiennes) ressurge das profundezas e comete diversos assassinatos, matando, entre eles, toda a família adotiva de Perseu.
Sem ter para onde ir, Perseu é levado pelos soldados de Argos ao palácio, onde ele conhece a princesa Andrômeda (Alexa Davalos).
Hades, que pediu permissão a Zeus para castigar os humanos – quando na verdade pensa num plano para destruí-lo de uma vez por todos – invade o reino e castiga os súditos de Argos. Depois de roubar a beleza da rainha Cassiopeia (Polly Walker), Hades exige que, no próximo eclipse, que acontecerá em dez dias, Andrômeda seja sacrificada pelos habitantes da cidade. Do contrário, ele soltará o Kraken, o monstro mais temido do Olimpo, que uma vez destruiu os Titãs, responsável pela vida dos Deuses.
 É nesse momento que Perseu descobre que é o filho de Zeus e seu senso de justiça o leva a liderar uma horda de guerreiros até as montanhas onde se escondem as bruxas de Stynge, únicos seres que sabem como destruir o Kraken. No caminho, é claro, o guerreiro terá que enfrentar uma série de perigos iminentes. Para ganhara luta, ele terá que entrar também numa jornada de redenção, aceitando seu lado divino.



Personagens.

 

Perseu (Sam Worthington). 

Fúria de Titãs - Perseu 

Meio homem, meio deus, o guerreiro Perseu (Sam Worthington) tenta proteger sua família de Hades (Ralph Fiennes), deus vingativo do reino dos mortos que pretende tomar os poderes de Zeus (Liam Neeson). Para conseguir seus objetivos, Perseu entra numa perigosa jornada nos mundos proibidos, liderando um bando de poderosos guerreiros. Nessa jornada, ele terá de aceitar seu status de semideus.



Zeus (Liam Neeson) Fúria de Titãs - Zeus 

Deus dos deuses, Zeus (Liam Neeson) ama os humanos. Ele os criou e está arrasado com a rebeldia dos humanos contra os deuses do Olimpo. Ele evita ao máximo ter que usar a força contra os mortais, já que encontrou outras formas de instaurar a ordem. Porém Hades (Ralph Fiennes) o convence de que os humanos precisam de uma lição, para não desafiar o reino dos deuses.

Hades (Ralph Fiennes) Fúria de Titãs - Hades

 Há anos, quando foi enganado pelo irmão Zeus (Liam Neeson), Hades (Ralph Fiennes) acabou ganhando o poder de governar o submundo. Vendo uma oportunidade de vingança, o vilão deixa as entranhas da Terra e tenta convencer Zeus a iniciar uma guerra contra os humanos, a quem ele mais ama. Obviamente, ele vai usar todos os seus métodos mundanos para conseguir chegar aos seus objetivos.

Io (Gemma Arterton) Fúria de Titãs - Io 

Io (Gemma Arterton) é uma espécie de anjo da guarda que guia o semideus Perseu e os guerreiros na jornada contra os deuses do Olimpo. No caminho, dá dicas valiosas sobre o destino do guerreiro meio homem, meio deus.

Andrômeda (Alexa Davalos) Fúria de Titãs - AndrômedaQuando Hades (Ralph Fiennes) exige o sacrifício de um humano, ele quer, diretamente, que a vida da princesa de Argos, Andrômeda (Alexa Davalos), seja dada como alimento ao monstro Kraken, no próximo eclipse. Esse é o real motivo para que Perseu inicie sua jornada. Apesar de ser vulnerável e teimosa, Andrômeda tem noção do seu destino e irá lutar ao lado dos humanos comuns e contra a realeza.

Draco (Mads Mikkelsen)Fúria de Titãs - Draco 

Draco é o guarda-costas da princesa Andrômeda, que perdeu a vontade de viver e decide se juntar a Perseu em sua jornada, tornando-se uma espécie de mentor para que ele consiga aceitar seu lado divino. Ele sabe que o Kraken, monstro feito da carne de Hades, não pode ser morto, por isso não tem esperanças de que a jornada tenha um final feliz. 

 

 

A proxima coisa que você vai ver foi um jornalista, eu achei isso na internet e achei que você irião gostar, ok

 

Uma visita ao set de 'Fúria de Titãs'

 Fúria de Titãs - Visita ao Set

Por Danilo Saraiva
Da Inglaterra
*o jornalista viajou a convite da Warner Bros.

No dia 20 de agosto de 2009, eu e um bando de jornalistas fomos convidados para acompanhar a última semana de filmagens do remake de Fúria de Titãs (Clash of the Titans), um projeto da Warner Bros. ainda desconhecido pelo grande público, que estava à sombra de outra superprodução que seu protagonista, Sam Worthington, fazia parte, Avatar, de James Cameron - provavelmente o filme mais arriscado que Hollywood produziu desde Cleópatra.
Curiosamente, a mesma visita foi realizada no Avatar Day, quando o primeiro trailer do longa foi exibido para todo o mundo nas salas IMAX de cinema. Era, portanto, a oportunidade perfeita para jornalistas sedentos de informação que queriam saber mais sobre Cameron e seus arriscados seres azuis do que um bando de homenzarrões vestindo saias de grego, uma coisa já repetida à exaustão no cinema.
Mas ao chegar nos estúdios Shepperton, nos arredores de Londres, o foco das coisas mudou repentinamente. Estávamos diante de um projeto grandioso, inúmeros cenários, robôs e uma equipe que ultrapassava, facilmente, 300 pessoas. Logo que chegamos – eu era o único brasileiro numa turma formada por europeus, em sua maior parte – fomos levados a um trailer, onde acompanhamos uma espécie de vídeo de demonstração das seis primeiras semanas de filmagem. Nada que pudesse empolgar muito, já que as terríveis criaturas que aparecem no longa estavam ainda no processo de transformação da computação gráfica. De qualquer forma, dava pra ver que o filme não seria um simples lançamento do verão americano, mas "O" lançamento de verão americano representado pela Warner. A primeira parada da van foi no Departamento de Artes, onde ficava também o estacionamento. Na chegada, vimos os carrões de Louis Leterrier e dos outros astros do elenco estacionados, com seus nomes devidamente marcados em cada vaga. Ao subir quatro lances de escada, entramos no prédio, cujas paredes estavam completamente decoradas de ilustrações. No caso de Fúria de Titãs, todos os cenários construídos foram diretamente inspirados em lugares reais.
Curiosamente, todas essas ilustrações seguiam uma cronologia. Era como se eu já tivesse assistindo ao filme em imagens. A sensação aumentou mais ainda quando entramos na sala onde ficavam as maquetes da pré-produção. Para quem não sabe, todo o projeto conceitual de um filme grandioso como esse é feito pelos diretores de arte, que antes reproduzem os cenários com pedrinhas e palitos de dente – bem amadoramente. Tais cenários ou serão construídos ou ganharão o famoso tratamento digital para que eles existam. Tudo, porém, é feito em grandes etapas. Já empolgados com o que estávamos vendo, visitamos os principais cenários do longa. Ali, rodeado de um enorme fundo verde, estava a balsa que cruza o rio Estige – um barco gigantesco, literalmente, que carrega as almas condenadas até o submundo. Mas tal visita foi rápida, já que o diretor Louis Leterrier logo chegaria com seu bando para rodar umas tomadas por ali.
Limpando o espaço, fomos levados até o departamento de objetos e armas, onde conversamos com o supervisor, Nick Komornicki. À primeira impressão, armas como a espada de Zeus e o arco de Medusa pareciam absolutamente pesadas. Estávamos enganados: eram mais leves do que similares de brinquedo. Komornicki explica: "tudo o que usamos em Fúria de Titãs foi inspirado em registros históricos. Fomos a museus para fotografar réplicas e conseguimos algumas originais, que depois da produção foram devolvidas aos seus donos". Uma dessas espadas, banhada a ouro, estava lá, disponível. Essa sim, era tão pesada que precisei das duas mãos para segurá-la – daí a fama dos gregos e romanos de terem tão boa forma numa época em que o culto ao corpo era praticamente inexistente.
Do lado do departamento de armas, fica o departamento de figurinos, onde uma equipe de mais de 50 pessoas trabalharam dias e noites para produzir cerca de três mil peças, que seriam usadas por 285 atores. Eram araras e araras espalhadas por um galpão que parecia não terminar no horizonte. Como vemos nas telas, as roupas são perfeitas: costuradas e criadas para serem o mais realista possível. Uma curiosidade: a roupa mais barata da produção foi concebida com apenas US$ 3. Era usada por alguns dos figurantes e constituída por panos sujos da cor branca – daqueles que a gente usa para limpar o chão. A mais grandiosa, sem dúvida, era a de Zeus, que custou cerca de US$ 25 mil. Uma armadura estilizada na cor dourada que cobria todo o seu corpo, acoplada a uma capa enorme, acinzentada. Por garantia, a figurinista responsável, Lindy Hemming, teve que fazer três réplicas da roupa. Mas para onde vão esses figurinos, depois que eles ficam prontos? Não, não são jogados fora. Passam para outras produções do estúdio. Parte das peças usadas aqui foram reaproveitadas de outro filme da Warner, Troia, lançado em 2004. Esses figurinos ficam ali, guardados, até que um novo diretor precise deles. Uma boa forma de aproveitar o dinheiro e guardar o longa ao orçamento desejado.
O departamento mais incrível, no entanto, é o de efeitos. Não ficamos muito tempo ali, mas no caminho para esse, vimos um robô feito especialmente para o filme. Com um rosto fantasmagórico, o controle remoto do bicho estava sendo testado. Resultado? Muitos jornalistas pularam de susto quando viram a criatura movendo seus olhos e dedos assustadoramente diante de nossos olhos.
Por fim, antes de acompanharmos a filmagem das cenas finais do Pégaso Negro, chegamos ao departamento de maquiagens. Quem falou conosco foi Conor O'Sullivan, responsável pela supervisão das próteses. Aqui, outra surpresa: quase todos os atores tiveram que usar próteses, sejam elas para reproduzir feridas ou criar rostos monstruosos. Exemplo típico foi o das Três Bruxas Stygian, irmãs feiticeiras que sabem de tudo. Cada ator que a interpretou tinha que vestir cerca de três peças diferentes – entre elas os seios envelhecidos, que eram cobertos, apropriadamente, por pedaços de tecido. Os coitados, cujos nomes não tinham sido revelados, à época, para nós, também ficaram sem enxergar qualquer coisa nas filmagens. Tudo porque as bruxas não possuem olhos, mas os seguram nas mãos. Ali, também podíamos ver os inúmeros – e enormes - olhos criados para que elas os segurassem. Foram mais de 25 próteses diferentes – das quais três foram utilizadas nas gravações. Uma delas era toda verde, para reproduzir os efeitos visuais de movimento.
Por fim, e não menos empolgante, chegamos à cidade cenográfica. Aquilo sim, parecia uma volta ao tempo, se não fosse parte da equipe técnica vestida com roupas típicas do mundo moderno. Cada detalhe era fiel à Grécia antiga. Areias e pedras decoravam as ruas. As casas eram feitas de tijolos de espuma, pintados para terem aspecto envelhecido. O clima só era quebrado quando encontrávamos, no meio de alguns objetos ou escadarias, algumas bitucas de cigarro jogadas por algum porquinho da produção.
E foi lá, bem quietinhos, que vimos o diretor comandar sua enorme equipe. Na ocasião, estavam rodando o vôo do Pégaso Negro pela cidade de Argos, na tentativa de enfrentar o terrível monstro Kraken. Nada que pudéssemos ver a olhos nus, com exceção dos figurantes, que corriam para lá e para cá como se tivessem sendo atacados. Mais de cinco câmeras – devidamente penduradas em gruas – foram usadas para a sequência. Só ali foi uma hora de lenga, lenga, até que tudo ficasse pronto. Quando finalmente começaram as filmagens, cortes e mais cortes. Leterrier e seu megafone não estavam num bom dia.
O dublê de Worthington montava o Pégaso Negro, cavalo com adesivos em várias partes do corpo – onde seriam inseridas, na fase de pós-produção, as asas, via computação gráfica. A sequência foi interminável. Aos poucos, todos nós começamos a tomar a dimensão do trabalho que dá. Pégaso vai, Pégaso vem, estávamos, há mais de duas horas, parados e absolutamente nada tinha acontecido. Quem disse que diretor de Hollywood não sofre?





Entrevista
  Fúria de Titãs - Entrevista Sam Worthington

Sam Worthington 

 

Com um humor típico australiano, Sam Worthington deu uma pausa das filmagens de Fúria de Titãs - ainda vestindo a roupa de guerreiro grego e uma maquiagem que ressaltava cortes e hematomas - para conceder entrevistas a jornalistas de todo o mundo que participaram da visita ao set do filme, em agosto de 2009. O ator falou sobre a pressão de ser um dos novos rostos de Hollywood, o clima nas filmagens, um pouquinho de Avatar e até sobre o incômodo de usar uma saia, que invariavelmente, deixava sua roupa íntima à mostra sempre que ele balançava impacientemente as pernas na entrevista. Confira:
Pode dizer por que seu tênis tem o formato de um pé pintado?
(Risos) Pois é. Bom, foi uma grande ideia. Usávamos sandálias, mas obviamente era meio ruim andar com o pé desprotegido em cenários tão inóspitos. Na minha opinião os dedos estão muito grandes (risos). E ainda parece um Nike.
E você não se sente um pouco ridículo saindo por aí com roupa de grego e um tênis em formato de pé?
(Risos) Eu me sinto meio ridículo a maior parte do tempo. Acho que o processo de filmagem é ridículo também. Mas é divertido. Estamos lutando contra escorpiões gigantes e conversando com um cara feito de madeira. Mas ele foi feito para ser isso: divertido e bombástico. Para levar as pessoas aos cinemas. É um longa parra assistir sábado de manhã com seu pai.
E essa saia indiscreta?
É mais difícil andar com ela do que parece. Mads (Mikkelsen, que interpreta Draco) sabe muito bem disso. Ela voa toda hora quando passa o vento e temos que rodar as cenas de novo. A Warner não quer que eu mostre minha bunda (risos).
Pode citar as diferenças entre o Perseu deste filme atual e o Perseu do filme original, da década de 80?
No original, Perseu é um pouco homem, um pouco deus. Ele aceita tudo o que os deuses dão para ele. Não é uma boa mensagem para as crianças, pro meu sobrinho de nove anos. Você não precisa ser um deus para conseguir algo. Uma das coisas que eu pedi para o Louis (diretor) é que meu Perseu fosse mais homem e agisse como um. Agora, o filme também tinha outra mensagem boba: a de que o seu destino já é traçado no momento de seu nascimento. Eu não acredito nisso. Meu Perseu é como um adolescente aprendendo a crescer. É a principal diferença.
Foi fácil para você usar técnicas de ação que já tinham sido feitas em Exterminador do Futuro: A Salvação e Avatar filmes dos quais (Worthington) participa?
Olha, eu achei que seria, mas não foi não. Primeiro, é necessário muito aprendizado para segurar uma espada na posição certa. Foi muito mais difícil que A Salvação. Louis sabe muito bem o que é um thriller de ação. Ele usa três ou quatro câmeras que ficam girando ao seu redor todo o tempo. No set disputamos quem conseguia fazer mais coisas. Liam Cunningham é irlandês, Mads é da Dinamarca e eu sou australiano. O Louis é francês. Nossos países vivem em conflito (risos).
Por que sua testa está cheia de cortes? O que você vai rodar hoje?
Não sei exatamente. Eu fico pulando de um set pra outro todos os dias. Eu só vim para ficar em cima de uma sela motorizada, que será o meu cavalo voador, chegando para enfrentar o Kraken. Estamos no fim da jornada. Obviamente, Perseu está colecionando feridas por todo o corpo. Quanto mais melhor.
Deve ser bom conciliar exercícios físicos com trabalho. Por que é isso que acontece, não?
Bom, eu sou australiano. Ou seja, gastamos mais dinheiro praticando esportes do que com educação (risos). Mads sim é um grande atleta. Ele é dançarino, seu corpo é muito trabalhado.
Como é sua relação em cena com o cavalo, o Pégaso? Você deve passar muitas horas em cima dele.
Como eu odeio aquele cavalo! Eu odeio, odeio, odeio. Eu não posso chegar perto daquela coisa sem que ele tente me morder. Ele tem muitos problemas, é todo arrogante só porque fez mais filmes do que eu. Ele estava em Alexandre e Príncipe da Pérsia. Entende o estrelismo?
Parece que sua relação com ele não é das melhores…
Sim, eu queria bater na cabeça dele quando o vi. Tivemos que inserir isso no contexto do filme. Como eu não conseguia chegar perto dele, resolveram colocar na história as minhas diferenças com o bicho. Na maior parte das cenas, eu usei um cavalo robótico. Uma vergonha.
Qual cena você mais quer assistir quando o filme ficar pronto?
Quero ver como a Medusa é veloz. Eu não tenho ideia de como ela será feita em computação gráfica. Nós corremos muito nesse dia porque aparentemente ela é muito rápida. Foi a primeira cena que rodamos. Era tudo verde ao nosso redor (risos).
É preciso muita energia para aguentar uma rotina intensa de filmagens? Você assinou contrato para três grandes filmes de ação, desde então não parou.
Cara, depois que eu fiz Avatar tive duas semanas de descanso para o início das filmagens de O Exterminador do Futuro e já emendei com Fúria de Titãs. Estou cansado, mas nem penso nisso. Eu posso, de fato, dizer que nesse filme eu não falo muita coisa. Eu grito o tempo todo. Na crítica, os jornalistas poderão escrever: Sam Worthington só faz gritar em Fúria de Titãs. Não há uma única cena em que eu não grite. AHHHHH! (grita). Mas é compreensível. Eu vejo monstros estranhos todo o tempo. Não dá para se deparar com a Medusa e só fazer uma cara de 'ooh'.
Parece que você se preocupa muito com o que as pessoas dizem sobre você…
Com certeza. Olho todos os blogs e procuro meu nome no Google. É uma loucura (risos).
Uma manchete de capa da 'Esquire' dizia que você era um nome para ser lembrado em Hollywood. Está sentindo essa pressão toda em cima de você?
Mais pressão para fazer meu trabalho corretamente do que qualquer outra coisa. Eu estou aqui por causa da minha evolução como ator na Austrália. Aquilo me deu uma boa base de aprendizado. Essa experiência me classificou para a grande "copa do mundo". E quero continuar sentindo essa pressão. No fundo do coração, eu sou um nerd que fica lendo tudo o que as pessoas dizem. Afinal, eles são meu público. Seria um pouco idiota ignorá-los, não acha? Se os seus fãs estão te vaiando, você sabe que precisa melhorar.
Por que tantos filmes de ação? Falta oportunidade para protagonizar uma boa comédia romântica?
Não penso assim. Eu penso: 'com quem eu quero trabalhar?'. A verdade é que não dá pra saber como os diretores ou atores dos seus sonhos são. Eles podem ser verdadeiros idiotas. Louis veio me dizer que gostava do meu trabalho ainda na Austrália. Quando me convidam, eu converso com a equipe e penso: 'será que eu quero passar quatro meses com essas pessoas?'. Também penso muito no meu sobrinho. Filmes que passem uma boa mensagem para ele - saber quem é.
E como é ver seu rosto estampado em vários bonequinhos?
Olha, o de Exterminador do Futuro tem cara de mexicano (risos). É estranho. O de Avatar tem uma cara meio morta porque James Cameron queria assim. O de Fúria de Titãs eu ainda não vi. Não faço ideia como vai ser a cara dele. Pelo menos meu sobrinho tem muito com o que se divertir (risos). Fúria de Titãs - Entrevista Gemma Arterton

Gemma Arterton

Conhecida apenas por seu papel como Bond Girl em Quantum of Solace - fama que ela detesta -, a atriz/modelo Gemma Arterton vê, aos poucos, sua carreira ascender com a escolha de alguns filmes certos. Entenda como certo, duas das grandes promessas de bilheterias para 2010 - Príncipe da Pérsia, da Disney, e Fúria de Titãs, da Warner.
Pouco antes de iniciar mais uma participação nas filmagens de Fúria de Titãs, nos arredores de Londres, Gemma parou em uma tenda improvisada no meio do estacionamento do estúdio para conversar com jornalistas do mundo todo. Leia como foi a entrevista:
Sam Worthington falou muito sobre seu personagem no longa e ele chegou a citar que ainda estava entendendo qual era a importância de seu papel. Você sabe qual é?
Acabei de descobrir (risos). Na verdade ela mudou muito. Ela é enigmática. Eu a descrevo como um anjo da guarda, mesmo sabendo que ela não foi enviada dos céus. Ela foi tocada pelos deuses, então tem poderes de cura, mas também está amaldiçoada porque ela não pode envelhecer. O seu papel é guiar Perseu (Sam Worthington) nessa jornada. Traz um toque feminino para o filme.
Você é a única mulher no meio desse monte de machões?
(Risos) Eu só percebi isso agora porque eu já fiz tantos filmes em que os homens dominavam, como Príncipe da Pérsia, que nem reparo. Acho que a indústria do cinema é muito masculina, então você se acostuma em ver um monte de garotos ao seu redor. Eu estou até me tornando um (risos). Quando os rapazes estão juntos, falam umas coisas muito pervertidas e nojentas. Às vezes sou obrigada a avisá-los: 'ei, sou uma menina'.
Verdade que você era fã de mitologia grega quando criança?
Verdade. Minha mãe é astróloga por puro hobbie. Quando eu era criança, ao invés dela ler contos de fadas, lia as histórias da Mitologia Grega pra mim. Esses deuses que brigam entre si e ao mesmo tempo são mais vulneráveis que os humanos, eu amava. E Fúria de Titãs era um dos meus filmes favoritos na infância. Minha mãe tinha gravado quando foi exibido na TV e eu e minha irmã assistíamos o tempo todo. Nunca vi o final, porque alguém gravou algo emcima dele (risos). Mesmo assim, sou capaz de lembrar falas do original. Quando eu ganhei os papeis em 007 e O Príncipe da Pérsia, minha mãe reagiu tipo: 'ah, beleza'. Quando falei que ia fazer Fúria de Titãs ela ficou eufórica: 'isso sim vai ser maravilhoso'.
Podemos esperar cenas de ação para sua personagem?
Sim, porque ela acompanha Perseu nesta jornada. São como três filmes em um só: a parte dos deuses, a jornada de Perseu e as pessoas que estão ao redor dele. Io está incluída nesta segunda etapa, da jornada, onde as batalhas acontecem. Nós enfrentamos os Scorpioks e derrotamos Medusa e o Kraken. Eu só me envolvo quando preciso. Io é mais para "paz e amor" (risos).
Com esse 'boom' de Fúria de Titãs e O Príncipe da Pérsia, você já sabe se filmes de fantasia são o seu forte?
Eu nunca imaginei que ia acabar só fazendo isso da minha vida. Eu sempre me imaginei no teatro. E ironicamente acabo ganhando esses papeis, o que também é divertido, já que dá pra viajar na narrativa. Mas sou uma atriz classicamente treinada para qualquer coisa. Já rodei filmes mais sérios na minha carreira. É bom experimentar os dois lados.
  Fúria de Titãs - Entrevista Louis Leterrier

Louis Leterrier

No dia em que visitamos o set de filmagens de Fúria de Titãs, o diretor Louis Leterrier estava ocupadíssimo. Era uma quarta-feira de agosto, última semana das filmagens do longa e ele concentrava-se em rodar a cena em que Perseu (Sam Worthington) lutava contra o temeroso Kraken
Afundado no tão falado vôo do Pégaso negro, de início, Leterrier não concordou falar conosco. Mas no intervalo, quando mais uma vez preparavam as inúmeras câmeras para filmar uma espécie de perspectiva em três dimensões, ele cedeu.
Confira como foi o bate-papo:
Como foi conceber este projeto? Nos parece bem diferente do original...
Sim, porque, como vocês, eu cresci assistindo esse filme. Eu o assisti antes de Star Wars e para mim foi uma experiência mágica. Então eu não queria fazer a mesma coisa, mas causar o mesmo tipo de emoção. Acabei levando pro lado pessoal. Inspirei-me nas coisas que sabia de mitologia. Incorporei minha visão sobre o filme original e mudei, acrescentei outras que estavam faltando. Foi por isso que aceitei este trabalho.
Estamos numa fase em que a computação gráfica consegue reproduzir cenas quase tão realistas quanto outras tecnologias. Por que em 'Fúria de Titãs' você usou muitos robôs e maquiagem, ao invés dos tradicionais efeitos de computador?
Os meus filmes favoritos, como Star Wars e a trilogia Senhor dos Aneis, funcionam justamente porque usaram um mix de tecnologias diferentes. Eu pedi para construírem grandes sets para que os atores tivessem uma perspectiva melhor do que estava acontecendo. Assim, eles ficam mais felizes do que atuando ao redor de um fundo verde. 'Não é rapazes? Vocês estão felizes, certo?' (Louis Leterrier pergunta aos figurantes, que não respondem com muito entusiasmo).
Você disse que o projeto se tornou pessoal. O que quis dizer com isso?
Bom, todo filme acaba virando algo pessoal. Eu reescrevi completamente a história. Há mais aventura, está mais sombrio. Mudei um pouco do Perseu, não achava que ele poderia seguir uma jornada só por estar apaixonado. Eu tenho muito respeito pelo filme de Ray Harryhausen e o de Desmond Davis – diretores do primeiro Fúria de Titãs (de 1981), mas não queria fazer a mesma coisa. Só mantive o título, porque era muito legal (risos).
Você tem que encerrar esse filme até o fim da semana. Como anda a rotina?
Olha, estamos rodando e editando praticamente ao mesmo tempo, para o pessoal de efeitos visuais começar o trabalho. Tenho dormido quatro horas por dia.
Uma das coisas mais legais do primeiro filme é que eles usaram muita maquiagem e outros efeitos em stop-motion. Com exceção da parte do stop-motion, como é fazer quase o mesmo aqui?
Estou tentando, mas também uso CG (computação gráfica). O legal é que temos artistas incríveis para interpretar as criaturas. Elas não estão neste filme apenas para protagonizar sequências de ação, então eu precisava delas dessa forma. Elas interagem com os personagens reais. Sheik Solomon é aquele personagem com cara de madeira. Ele está num meio termo, da fantasia e da realidade. Nossas criaturas tomaram vida.
Como é convencer atores do porte de Liam Neeson e Ralph Fiennes de que eles não estarão bancando os ridículos na tela como deuses da mitologia?
Primeiro, foi preciso convencê-los de que eles não precisariam usar, em hipótese alguma, uma toga (roupa típica do cidadão romano). Na segunda etapa, é preciso conversar muito com eles. Mostrar todos os processos. Mandar desenhos dos figurinos, deixar que eles participem da história, aprovem o roteiro…
Vocês tiveram algumas dificuldades para filmar em locais inóspitos, como nas montanhas de Tenerife (maior ilha do arquipélago das Canárias)?
Cara, foi f… Num momento, parecia que tinha chuva saindo debaixo, chuva que vinha pelos lados e chuva que vinha de cima, ao mesmo tempo. Era insano. Mas essa é a parte legal desse trabalho. Você constrói cidades, viaja, vai às locações. Isso é o que faz dele uma coisa divertida.
Se Fúria de Titãs vir a ser um sucesso, você comandaria uma sequência?
Adoraria fazer. Mesmo se fosse um sucesso moderado. E eu já tenho a história montada na minha cabeça. Quando eu comecei a rodá-lo, sabia que essa grandiosidade se tornava um tanto inútil para contar apenas uma história. Há tantos personagens, todos são muito intrigantes.

 

 

 

 

 

Curiosidades das filmagens.

 

  • O figurino de Zeus (Ralph Fiennes) custou US$ 25 mil, o mais caro da produção. O mais barato, dos figurantes, girava em torno de US$ 3, uma mistura de tecido branco com as típicas sandálias usadas na Grécia antiga.
  • A produção do filme preferiu usar animatronics (robôs controlados por controle remoto) e maquiagem para criar os principais monstros da produção, derrubando os efeitos em computação digital. Assim, o filme pareceria mais realista.
  • Grande parte do filme foi rodada em cenários paradisíacos na Inglaterra e outros países da Europa. Sam Worthington, Jason Flemyng e outros atores tiveram que aguentar dias de frio intenso para filmar as sequências feitas em morros e montanhas de verdade.
  • A Warner Bros. construiu uma grande cidade cenográfica para reproduzir o clima de Fúria de Titãs. Alguns objetos usados em cenas são réplicas de artefatos originais da Grécia Antiga. Outra curiosidade: os peixes usados num mercado local eram de verdade, feitos num processo de ressecamento para que eles não apodrecessem no calor do estúdio.
  • Cerca de 50 pessoas foram contratadas para fazer os figurinos de Fúria de Titãs. Foram 3 mil roupas para mais de 285 figurantes.
  • Fúria de Titãs teve que passar por uma refilmagem em meados de setembro, graças a uma escolha do estúdio, que preferiu alterar sequências de ação. O longa não foi rodado em 3D, mas foi convertido ao formato graças ao sucesso de Avatar, de James Cameron, também com Sam Worthington.

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